Nessa época de celebrações natalinas, rara é a casa que não tem sua árvore de Natal. Dia desses fiquei pensando:  de onde veio esse costume, afinal?  Minha curiosidade me levou a saber que enfeitar árvores é um ritual muito antigo, presente em praticamente todas as culturas e religiões pagãs, para celebrar a fertilidade da natureza. 

Aprendi que, desde tempos muito distantes, árvores que permaneciam verdes todo o ano tinham um significado especial para as pessoas durante o inverno. Povos antigos costumavam pendurar ramos verdes em suas portas e janelas, para se lembrarem que as plantas cresceriam outra vez, quando o sol voltasse a ser forte. Era uma espécie de “simpatia” para que dias mais aprazíveis voltassem. Parece provável que essa prática tenha começado há cerca de mil anos atrás, no Norte da Europa, onde ramos de pinheiro eram pendurados nas casas como algum tipo de decoração. Por ser uma das poucas árvores que sempre se mantém verde, mesmo durante o inverno, o pinheiro simboliza a vida.

Ninguém sabe ao certo quando os ramos e os pinheiros foram utilizados pela primeira vez como árvore de Natal. Na cidade de Riga, capital da Letônia, existe uma placa na praça principal dizendo que ali, em 1510, se utilizou pela primeira vez uma árvore nas celebrações de Ano Novo. A frase está lá, escrita em oito idiomas. A teoria que a muitos parece ser a mais provável sobre como surgiram as árvores de Natal é a que supõe que elas vieram das peças de teatro medievais, num tempo em que temas bíblicos eram encenados nas praças públicas. No calendário da igreja católica primitiva, 24 de dezembro era o dia de Adão e Eva. Assim, as encenações da véspera de Natal falavam da história da criação do mundo. Nelas havia um componente sempre presente, a grande “Árvore do Paraíso”, cheia de frutas, que representava o Jardim do Éden. No século XVI, essas encenações foram proibidas em muitos lugares e supõe-se que as pessoas passaram a montar “árvores do paraíso” em suas casas.

Nos séculos XVII e XVIII, o hábito já era popular entre os povos germânicos, mas a árvore de Natal só se difundiu pelo resto do planeta a partir de 1841, quando o príncipe Albert, marido alemão da rainha Vitória da Inglaterra, montou uma delas no palácio real britânico. Uma fotografia dos reis e seus filhos à volta dessa árvore de Natal fez um enorme sucesso e correu mundo. Ainda no século XIX, a tradição chegou a outros países europeus e aos Estados Unidos. No Brasil, o hábito entre os cristãos de enfeitar árvores de Natal só apareceu no começo do século XX.

Amei descobrir um pouquinho sobre uma tradição que eu, particularmente, adoro!  A minha árvore, enfeito sempre um mês antes do Natal. E vocês? Como costumam comemorar a data?